01/12/2013

Você conhece o seu limite?


Apresento Nick Newell, 27 anos, atleta profissional de MMA.
Nick tem a admirável marca de 10 vitória, sendo duas por nocaute, sete finalizações e um triunfo por pontos. O atleta luta pelo WSOF, organização que lhe deu espaço, créditos, confiança e gradativamente vem potencializando a sua notoriedade no meio do esporte; não somente por lutar, e acreditem, esse não é o ponto principal.

O que acredito estar em jogo aqui é o fator 'RESPOSTA'!

Naquele exato momento da vida em que você decide responder com luta a uma história de sofrimento e dificuldades, onde os revezes precisarão ceder, pois encontraram em você um oponente de peso, de valor e a gradativamente o quadro que outrora parecia perdido começa a se modificar.

Nick tem uma deficiência, uma amputação congênita no braço esquerdo. Digno de dó e piedade? Não, acredito que não! Nick se levantou...

É assim que penso sobre as pessoas que chegam aos altos lugares, quando o impossível parece ter se estabelecido...!

Se levantar, dar a resposta, são percepções sutis que só acompanham, só se tornam reais a quem as procura, e não abaixa a cabeça para os golpes da vida.

Me impressiona o atleta estar acumulando vitórias, me impressiona a inspiração que ele representa, me impelindo a escrever sobre ele, quase que como numa obrigação, num dever de transmitir 'isso' que o atleta me passou e vem me passando com a escalada de sua carreira.

Digo 'isso', pois não sei expressar um nome para o sentimento que me toma, seria talvez um mix de ''VOCÊ CONSEGUE com NÃO ME DIGA O QUE EU NÃO POSSO FAZER''!

Num viés da prática, fica aqui destacada a lição de que nós somos capazes, se nos dedicamos e correspondemos com aquele desejo maior, que queima por dentro, que nos incomoda, se nos permitimos descobrir e entender os nossos talentos e habilidades, caminhando com pessoas que acreditem em nós, seremos bem sucedidos.

Nick Newell vem me mostrando que a palavra limite é um julgamento que fazemos precocemente de algo, que somos intimidados pelo que vemos, que não acreditamos com o coração, que nossa fé e preceitos de conquista são deveras limitados e limitadores.

Mas é exatamente o contrário o que ele expõe com sua vida, não se trata do MMA, esse é um mero detalhe, é só a escolha diária do atleta, se trata de ''SE LEVANTAR E DECIDIR LUTAR POR AQUILO QUE VOCÊ ACREDITA''!



Gustavo Mohallem
Psicólogo do Esporte
Psicoterapêuta
CRP 06/84597

@EspacoLIO
@TeamNogueira SP
@TeamNogueira ZN SP

21/11/2013

Psicologia do esporte no M.M.A

A 'reinvenção' do grande atleta dos Médios do UFC, Vítor 'The Fenon' Belfort.

Por Gustavo Mohallem e Tiago Fernandes.

Muitos dizem que Vítor Belfort não é metade do lutador que era quando foi campeão do UFC no início de sua carreira, com seus 18 anos. Porém, quem assistiu sua luta contra Dan Henderson, pode ver que a verdade é absolutamente outra. Dan Henderson, em 39 lutas profissionais, nunca havia sido nocauteado, mas isso mudou em sua quadragésima luta, contra Belfort que imprimiu um rítmo bastante agressivo, com uma determinação diferenciada, esperou a hora certa para golpear Henderson, atingindo-o com um Uper muito bem encaixado, provocando a primeira e histórica queda do americano e finalizando a luta com um chute frontal, quando este tentava se levantar. 

Belfort está em constante evolução, se reinventando, com um jogo muito focado, tendo um boxe devastador, a arte suave muito bem ajustada e supreendentemente seu muay thai mostrando verdadeiras 'bombas em suas pernas' que tem surpreendido seus adversários e lhe proporcionado vitórias avassaladoras!

É fato também que sua espiritualidade e fé são bastante sólidas e representam a base da vida do atleta. Vítor tem a fé cristã como ferramenta fundamental para atingir seus objetivos e manter seu foco, seja com sua família, profissão e objetivo.

Acreditamos piamente que Belfort esta prestes a retomar a sua condição de Campeão do Ultimate, lugar este que ele deseja, almeja e vem construindo a chance nos últimos anos.

Gustavo Mohallem
Psicólogo do Esporte 
CRP 06/84597
@EspacoLIO / @TeamNogueira SP
gustavo.mohallem@hotmail.com

29/10/2013

Pós-graduação em Psicologia do Esporte: uma grande oportunidade para 2014!

UM DIFERENCIAL NA CARREIRA E PERFORMANCE

Atletas e equipes esportivas contam com um bom preparo físico, técnico e tático, mas muitas vezes, não possuem o preparo psicológico adequado para lidar com a pressão, reduzir a ans
iedade, manter-se concentrados em momentos decisivos e ter uma comunicação efetiva , afetando assim, negativamente o desempenho e as possibilidades de êxitos.
Essa é uma realidade que vimos em vários eventos esportivos, como: Copas do Mundo e Olimpíadas. São vários anos de treinos exaustivos, dedicação e abdicação, desperdiçados por falta de preparação psicológica adequada. Apesar de consciência da importância do aspecto emocional para o desempenho, faltam profissionais preparados para lidar com estas questões.


Vários temas como: falta de motivação, personalidade, agressividade e violência, liderança, dinâmica de grupo, descontrole emocional, trabalho em equipe, comportamento antidesportivo, bem-estar psicológico, pensamentos e sentimentos de atletas e vários outros aspectos da prática esportiva e da atividade física foram sendo incorporados à lista de preocupações e necessidades do meio esportivo. Na atualidade, diante do equilíbrio técnico alcançado por atletas e equipes de alto rendimento, os aspectos emocionais têm sido considerados como grande diferencial nos momentos de grandes decisões e as consequências do despreparo são frequentemente lamentadas.


A boa notícia é que existe um caminho para suprir essa falta no meio esportivo, propiciando uma importante vantagem para os técnicos, equipes e atletas que utilizam ferramentas e técnicas, voltadas ao treinamento da concentração, motivação, controle emocional, e especialmente de entrosamento. Propiciando melhoria de performance e resultados que tem como objetivo ensinar o atleta a lidar com suas emoções e melhorar seu rendimento, seu comportamento e consequentemente seus resultados.
“A psicologia do esporte é a ciência do esporte que procura entender e ajudar as pessoas a alcançarem um desempenho máximo, satisfação pessoal e desenvolvimento por meio da participação esportiva.” ( Weinberg e Gold, 2001)


Antenada nas necessidades do mercado esportivo, A FMU lança a Pós -Graduação em Psicologia do Esporte. O objetivo do curso é propiciar conhecimentos e práticas, acerca da interação mente-corpo e do comportamento no ambiente esportivo, e como esses fatores podem afetar a performance de atletas e equipes. O curso é oferecido por profissionais que trabalham com a psicologia do esporte há anos, alguns deles, fazem parte de seleções brasileiras do Comitê Paraolímpico, Comitê Olímpico e também de grandes times do futebol brasileiro, que possuem um diferencial prático além de formação acadêmica de qualidade.
Aproveite o contexto esportivo brasileiro com a realização da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016) e aprimore seus conhecimentos e habilidades em Psicologia Esportiva. 


Essa oportunidade irá fazer a diferença na carreira de muitos profissionais, e consequentemente, na vida de muitos de nossos alunos e atletas.
Escrito por Dalila Ayala - Psicóloga e coach de três ciclos paraolímpicos (Atenas- 2004, Pequim – 2008 e Londres -2012).

24/09/2013

Meu blog é neutro em Co2

 Você sabia que os blogs consomem, em média, cerca de 3,6 Kg de dióxido de carbono a cada ano? Nem todo mundo sabe disso. Mas com uma atitude direta pode-se reduzir a emissão de dióxido de carbono, contribuindo para diminuição dos efeitos nocivos do excesso da produção desse gás na atmosfera terrestre.
A atitude é simples  e se você tem um blog pode fazer o mesmo em três passos, com o auxílio da Gesto Verde. Basta você:
  1. Escrever um pequeno post no seu blog sobre o tema “Meu blog é neutro em carbono” e inserir o selo da campanha
  2. Enviar um email para CO2neutro@guiato.com.br
  3. Uma árvore é plantada para neutralizar a emissão de Co2 do seu blog
Segue o link: 
Veja algumas dicas para diminuir suas emissões de CO2 e contribuir com a meta de redução do Brasil.
Listamos algumas para você:

1 - Se você dirige 20 mil km/ano, reduza o percurso total em 10% renderá uma economia de meia tonelada de CO2 ou mais. Como? Deixe o carro em casa, use o transporte público, a bicicleta ou opte pela caminhada;
2 - Prefira veículos movidos a álcool ou biocombustíveis, a economia será de 500 kg ou mais de CO2;
3 - Fique de olho na manutenção do seu veículo. Um motor mal cuidado pode consumir 50% a mais de combustível e produzir 50% mais CO2;
4 - Substitua o ar condicionado pelo ventilador: economia anual de cerca de 100 kg de CO2;
5 - Troque as cinco lâmpadas mais utilizadas em sua casa por modelos que gastam menos energia, como a fluorescente, que consome cerca de três vezes menos energia do que as incandescentes. Além de reduzir anualmente entre 100 kg e 499 Kg de CO2, você economizará na conta da luz;
6 - Desligue as luzes e tire os equipamentos eletrônicos da tomada quando não estiverem sendo utilizados. Evite deixar computadores ligados 24 horas por dia e configure-os para que desliguem seus monitores quando estão no modo de espera. Isso reduzirá em cerca de 100 kg a emissão de CO2;
7 - Utilize o mínimo necessário de papel. Dê preferência ao e-mail quando se comunicar com alguém. Use papel reciclado ou certificado sempre que possível e separe papéis e papelão para reciclagem quando for descartá-los. Todos esses cuidados ajudarão a reduzir em cerca de 100 kg a emissão de CO2.  

23/09/2013

Porque atletas falham sob pressão?

Imagine um jogador de basquete na linha de lance livre em uma final de campeonato. Seu time esta perdendo por um ponto com menos de 1s para o fim do jogo. Nosso atleta tem um aproveitamento de 96% em arremessos de lance livre. Ele precisa acertar um arremesso para empatar o jogo e dois arremessos para seu time ser campeão. Ele treina estes arremessos centenas de vezes por dia e perdeu a conta de quantos já acertou. Mas naquele dia a arquibancada esta cheia, os torcedores cantam, seus companheiros de equipe estão esperançosos. Ele pensa em todas essas pessoas que esperam que ele acerte os arremessos e ganhe o campeonato. Fica claro que este não é um lance livre qualquer. Nosso jogador vai para a linha, arremessa e faz o impensável, erra os dois arremessos e perde o jogo.

Nesta situação diríamos que este atleta falhou sob pressão. “Choking” é o nome que damos quando atletas tem um desempenho abaixo do esperado em uma situação onde a expectativa de sucesso e a pressão são altas. A psicologia do esporte atribui o “chocking” a vários fatores. Primeiro,  situações de pressão causam alterações psicofisiológicas (ex.: diminuição na concentração e aumento da tensão muscular) que prejudicam a performance. Segundo, situações de alta expectativa fazem com que o atleta passe a prestar atenção em aspectos irrelevantes, causando um desempenho abaixo do esperado. No exemplo, nosso jogador de basquete estava prestando atenção na torcida e nos seus companheiros de equipe ao invés de se concentrar na cesta.

Finalmente, quando atletas estão sob pressão eles passam a prestar atenção excessiva nas pequenas coisas que, mesmo que importante para atingir o objetivo, normalmente não o fariam. O diferencial de um atleta de alto nível é que ele consegue, sem muito esforço psicológico, desempenhar tarefas que atletas amadores precisam se concentrar bastante para executar. Por isso, quando um atleta de alto nível pensa demais em um processo que ele domina, suas habilidades se nivelam ao de um atleta amador. Por exemplo, se um jogador de futebol sentir a pressão de chutar um pênalti na final da copa do mundo, ele pode acabar por se concentrar demais no tamanho das suas passadas para a bola, onde vai colocar o pé de apoio, onde seu pé vai entrar em contato com a bola e pode acabar chutando a bola fraca ou para fora. Portanto, se concentrar em aspectos da tarefa que já são automáticos pode fazê-lo ter um desempenho abaixo do esperado.

Como evitar que atletas falhem sobre pressão?


Infelizmente, é impossível prever ou impedir que o “choking” aconteça. Podemos, no entanto, diminuir sua ocorrência trabalhando os aspectos que o causam. Por exemplo técnicas de relaxamento podem diminuir a tensão muscular causada por situações estressantes. Por si só, isso pode diminuir as distrações e melhorar a concentração. Simular situações estressantes durante treinos ou usar técnicas de mentalização também podem ajudar a dessensibilizar o atleta à pressão. Mentalização é o termo que usamos para descrever quando uma pessoa se imagina fazendo alguma coisa em uma situação específica. Neste caso, o atleta pode se imaginar arremessando um lance livre ou chutando um pênalti em uma final de campeonato e isso vai ajudá-lo a lidar com a pressão do momento. Outra dica interessante é criar uma rotina pré-performance, isso vai preparar o corpo e a mente do atleta para o alto desempenho. Quando um psicólogo do esporte trabalha com um atleta visando diminuir a probabilidade que ele falhe em situações importantes, o psicólogo vai buscar meios de diminuir a resposta de estresse causada pela situação de pressão.


Texto publicado no Projeto Eu Atleta, no Globo Esporte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/

08/09/2013

Eu Corro

  
Quando eu estava prestes a completar 50 anos, um amigo me disse que naquela idade começava a decadência. Então resolvi fazer alguma coisa legal para comemorar a data e tive a ideia de fazer uma maratona. Já comecei a correr pensando nos 42 km. Se as pessoas fizessem mais exercício, ficar parado seria menos penoso para o corpo. Quando você é sedentário, você se levanta e logo tem que se sentar de novo — e aquilo não te descansa. Quando você corre bastante e senta, é uma sensação muito boa.

Para mim, a corrida é um antidepressivo maravilhoso. Sou muito agitado, faço muitas coisas e a corrida também me ajuda a relaxar. É o momento em que fico em contato comigo mesmo, vejo minhas limitações, e isso me deixa mais com o pé no chão. Por isso não corro ouvindo música e prefiro treinar sozinho. Quem faz atividade física tem um envelhecimento muito mais saudável. Tenho quase 70 e não tomo nenhum remédio, peso 3 kg a mais do que na época da faculdade. As pessoas dizem: “Você é magro, hein? Que sorte!” Não é sorte, tenho que suar a camisa todos os dias.

Eu corro porque estou convencido de que o exercício físico é contra a natureza humana. Precisamos combater essa inércia. Nenhum animal desperdiça energia, ele gasta sua força para ir atrás de comida e de sexo ou para fugir de um predador. Com essas três necessidades satisfeitas, ele deita e fica quieto. Vá a um zoológico para ver se você encontra uma onça correndo à toa. Ou um gorila se exercitando na barra. Por isso é tão difícil para a maioria das pessoas fazer atividades físicas. Um exemplo disso são meus pacientes. A grande maioria são mulheres com câncer de mama. Muitas passam por quimioterapia, perdem o cabelo, têm enjoos, fazem cirurgia para retirar parte do seio. E enfrentam esse processo com tanta coragem que fico até emocionado. Depois disso tudo, falo para elas que, se caminharem 40 minutos por dia, cortam pela metade a chance de morrer de câncer de mama. Esse índice é maior do que o da quimio, mas menos de 1% das minhas pacientes começam a fazer exercício. Vai contra a natureza humana.

Muita gente fala que não tem tempo de fazer exercícios. Dizem que acordam muito cedo para levar os filhos à escola, que trabalham demais, que têm que cuidar da casa. Antes eu até ficava com compaixão, mas hoje eu digo: isso é problema seu. Ninguém vai resolver esse problema para você. Você acha que eu tenho vontade de levantar cedo para correr? Não tenho, mas encaro como um trabalho. Se seu chefe disser que a empresa vai começar um projeto novo e precisa que você esteja lá às 5h30, você vai estar lá. Você vai se virar, mudar sua rotina e dar um jeito. Por que com exercício não pode ser assim?

Nós temos a tendência de jogar a responsabilidade sobre a nossa saúde nos outros. Em Deus, na cidade, na poluição, no trânsito, no estresse. Cada um de nós tem que se responsabilizar pelo próprio bem-estar e encontrar tempo para cuidar do corpo. É uma questão de prioridades. Se você não consegue fazer exercício de jeito nenhum, pelo menos tem que ter consciência de que está vivendo errado, que não está levando em consideração a coisa mais importante que você tem, que é o seu corpo.


Por - Drauzio Varella, 68 anos, médico oncologista

Never, Ever Give Up - Nunca Desista

Arthur Boorman era um veterano deficiente da Guerra do Golfo durante 15 anos, e foi dito pelos médicos que ele nunca seria capaz de andar por conta própria, nunca mais. Arthur tropeçou em um artigo sobre Diamond Dallas Page fazendo Yoga e decidiu experimentá-lo, ele não podia fazer o tradicional, exercícios com maior impacto, então ele tentou YOGA DDP. Enviou um email para Dallas dizendo-lhe sua história.

Dallas ficou tão comovido com sua história que acabou fazendo contato por telefone com Arthur, ao longo de sua jornada – ele encorajou Arthur para continuar e acreditar que tudo era possível. Mesmo que os médicos disseram-no que nunca iria andar novamente. Arthur era persistente, caiu muitas vezes, mas nunca desistiu. Arthur estava ficando mais forte, estava perdendo peso a uma velocidade incrível! Por causa do treino especializado DDP, ele ganhou enorme equilíbrio e flexibilidade o que lhe deu esperança de que talvez um dia, andar novamente. Sua história é a prova, que não podemos colocar limites sobre o que somos capazes de fazer, porque nós muitas vezes não sabemos nosso próprio potencial. Niether Arthur, nem Dallas sabia o que viria a realizar, mas este vídeo fala por si. Em menos de um ano, Arthur transformou completamente sua vida.

Você conhece o seu limite?